domingo, 13 de julho de 2008

Divirta-se


Aula de química, o professor pergunta:
-Joãozinho, que elemento químico tem a fórmula H2SO4?Joãozinho pensa, pensa.- H2SO4... H2SO4... Puxa, professor, está na ponta da língua!
- Então cospe, que é ácido sulfúrico!

Pergunta: O que é Ba(Na)2 ?
R: Banana

Pergunta: O que disseram para o carbono quando ele foi preso?
R: Você tem direito a quatro ligações!

Pergunta: O que o átomo disse ao atender o telefone?
R: -Próton? (Pronto)

Pergunta: O que 6 (seis) carbonos e 6 (seis) hidrogênios estão fazendo numa igreja?
R: Eles estão se BENZENO...

Pergunta: Qual o elemento quimico que está sempre na sombra?
R: O indio, pq ta embaixo do gálio.

Pergunta: O que um quimico disse quando viu uma pessoa se afogando?
R: O homem não é soluvel na água!!!

Oração pré-prova de Química
Pai Nox que estais nos sais
Balanceada seja a vossa nomenclatura
Venha a nox o vosso rênio
Periódica seja a vossa vontade
Assim no ferro como no sal.
O pão nox de cada dia nos boroso
Oxidai nossa valência
Assim como oxidamos a quem nos tem Anidrido
Não nos deixeis cair em oxi-redução
E livrai-nos do sal.
Ametal.



P: Por que se deve manter o silêncio absoluto nos laboratórios?
R: Para não desconcentrar os reagentes...

----- Os radicais livres fizeram a revolução na Química. ---
Um químico entra na farmácia e pergunta ao atendente:
- "Você tem ácido acetilsalicílico?"
- "O senhor quer aspirina?"
- Isso! Eu sempre esqueço o nome!
(fonte:http://www.hottopos.com.br/regeq5/oldgood.htm)
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P:Qual o elemento mais bem informado?
R: O frâncio que fica ao lado do rádio.
(fonte:andrelur)
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P:Qual o elemento band-aid?
R: O índio, porque fica em cima do tálio.
(fonte:andrelur)
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Química é uma substância que:
- Um químico orgânico transforma em mau cheiro.
- Um químico analítico transforma em procedimento.
- Um físico-químico transforma em linha reta.
- Um bioquímico transforma em espiral.
- Um engenheiro químico transforma em lucro.
(fonte:http://www.hottopos.com.br/regeq5/oldgood.htm)
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Todo béquer sem rótulo o que contém é veneno fulminante...
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P: Como o átomo se suicida?
R: Pula da ponte de hidrogênio.
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P:Porque o urso branco se dissolve na água?
R:Porque ele é polar.
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P: Qual o lanche favorito do átomo?
R: Pé-de-moléculas.
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P: Qual o elemento químico que está sempre na sombra?
R: O Índio. Ele está embaixo do Gálio.
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Qual é o cumulo da química???
1 Meteno e 2 Benzeno
(fonte: jlemos@brasilnet.net (Jorge Luis Lemos))
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Se você não faz parte da solução então faz parte do precipitado!.

Você sabia??

**?**A vaporização pode ocorrer de três maneiras: por evaporação, por ebulição e por calefação. Na evaporação a passagem de líquido para vapor é lenta, a qualquer temperatura. Na ebulição a passagem do líquido para vapor é rápida, a uma temperatura definida. A calefação é um tipo particular de vaporização que ocorre em razão de um forte e rápido aquecimento. Acontece, por exemplo, quando se jogam gotas de água sobre uma chapa quente. As gotas movimentam-se sobre a superfície, tomam a forma de glóbulos achatados e não a tocam, pois entre a chapa e as gotas forma-se uma camada de vapor. O chiado característico é produzido pela vapirização do líquido.
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Resposta do comentário do Sirpiste.
Meu caro Sirpiste,
acontece que a cerveja não é formada apenas por água. Assim na cerveja temos a água como solvente e uma série de outras substâncias (solutos) dissolvidas formando uma mistura homogênea. A presença dessas partículas abaixam o ponto de fusão da água (0°C) tornando a solução mais resistente ao congelamento. O mesmo acontece com os ICEBERGS onde a fração de água doce está no estado sólido a salgada no estado líquido a mesma temperatura. Esse fenômeno é conhecido como abaixamento crioscópico e é abordado nos livros de Química em Propriedades Coligativas/Crioscopia. Como a concentração da mistura não é alta, a solução nesse estado de temperatura muito baixa fica instável. Quando pegamos a garrafa agitamos a solução e produzimos gradientes de temperatura no recipiente o que é suficiente para que as moléculas de água se unam por ligações de hidrogênio e a água passa para o estado sólido.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Conteúdos relevantes

1) Conceitos Básicos

Matéria – é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço.
Substância – são as diferentes variedades da matéria.
Substância simples – são formadas por átomos de um mesmo elemento químico.
Substância composta – são formados por átomos ou íons de elementos químicos diferentes.
Substância pura – é uma substância formada por moléculas (ou aglomerados de íons) todos iguais entre si com propriedades características e bem definidas.
Elemento químico – é o conjunto de todos os átomos com mesmo número atômico (Z).
Corpo – é uma porção limitada da matéria.
Objeto – é um corpo fabricado para ter aplicações úteis.
Fenômeno – é qualquer efeito observável que ocorra na natureza ou que seja provocado experimentalmente.
Fenômeno físico – é aquele em que as características das substâncias não se modificam nem há formação de novas substâncias.
Fenômeno químico – é aquele em que as características das substâncias se modificam dando origem a novas substâncias.

*Como a matéria se apresenta: Pura? Misturada? Comente.

2) Estados físicos da matéria

Sólido - No estado sólido a matéria se apresenta de forma invariável e volume constante. A força de coesão é maior que a força de repulsão entre as moléculas.
Líquido - A característica da matéria no estado líquido é a forma variável e volume constante. A força de coesão é igual à força de repulsão entre as moléculas com exceção das moléculas na superfície da água onde a força de coesão é maior que a força de repulsão causando um fenômeno chamado tensão superficial.
Gasoso - O estado gasoso apresenta como características principais forma e volume variáveis, demonstradas pela grande expansão dos gases.

3) Mudanças de estados físicos da matéria


Fusão – é a transformação de uma substância sólida em líquida.
Solidificação – é a transformação de uma substância líquida em sólida.
Vaporização - é a transformação de uma substância líquida em gasosa.
Ebulição – é a passagem de uma substância líquida para o estado gasoso, provocada pela alteração da temperatura.
Liquefação – é a transformação de uma substância gasosa em líquida, devido à diminuição da temperatura ou aumento da pressão. Condensação é a passagem espontânea do estado de vapor para o líquido.
Sublimação - é a transformação de uma substância sólida em gasosa e vice – versa, sem passar pelo estado líquido. Essa transformação é causada pelo aumento da temperatura ou diminuição da pressão.

* Saiba mais!

3) Separação de misturas homogêneas

- Destilação – é usada para separar dois líquidos que se encontram misturados ou então para separar partículas sólidas em solução no líquido.
- Destilação fracionada – esse processo é usado quando a mistura tem mais de dois componentes.
- Refrigeração – baseia-se nos diferentes pontos de solidificação dos componentes de uma substância.

- Fusão – esse processo é o inverso da refrigeração. Ele é utilizado para separar substâncias contidas numa mistura sólida e baseia-se no fato de que o ponto de fusão varia de um sólido para outro.
- Sublimação – as substâncias que passam diretamente do estado sólido para o gasoso, ou seja, sublimam, podem ser separadas se seus vapores forem recolhidos e ressublimados.
- Liquefação e vaporização fracionada – esses processos são usados de forma associada para se obterem os diversos gases contidos no ar atmosférico.

3.1) Separação de misturas heterogêneas

- Filtração – separa o líquido das partículas que nele se encontram em suspensão.
- Decantação – consiste em deixar o recipiente contendo a mistura heterogênea em repouso até que a parte sólida ser deposite no fundo do recipiente.
- Dissolução – consiste em dissolver a substância solúvel deixando a substância sólida separada podendo ser filtrada.
- Centrifugação – se colocar-mos uma mistura de um líquido com partículas sólidas e girar esse recipiente a uma velocidade bastante alta, quando parar, veremos que as partículas sólidas se depositam no fundo.
- Tamisação – Quando o pedreiro peneira a areia, seu objetivo é separar a areia fina dos gravetos. Esse processo é chamado tamisação que é usado para separar partículas de tamanhos diferentes.
- Magnetização – é a separação com o auxílio de um imã.
- Catação – é o ato de separar duas substâncias com o auxílio das mãos.

4) Histórico (TEORIAS ATÔMICAS)

4.1) Dalton (1766 – 1844)
Dalton a partir de seus trabalhos, conseguiu estabelecer alguns princípios que se referem à composição das substâncias:
a) A matéria é constituída de pequenas partículas esféricas maciças e indivisíveis denominadas átomos.
b) Um conjunto de átomos com as mesmas massas e tamanhos, apresentam as mesmas propriedades e constitui um elemento químico.
c) Elementos químicos diferentes apresentam átomos com massas, tamanhos e propriedades diferentes.
d) A combinação de átomos de elementos diferentes, numa proporção de números inteiros, origina substâncias diferentes.
e) Numa reação química, os átomos não são criados nem destruídos: os átomos envolvidos na reação são simplesmente rearranjados, originando novas substâncias.

4.2) Thomsom (1856 – 1940)
Em 1887 Thomsom propôs um novo modelo científico para o átomo. Como ele considerava que os átomos eram eletricamente neutros, a existência de partículas negativas (os elétrons) implicava também na presença de cargas negativas no átomo, de tal maneira que o número de cargas negativas fosse igual ao número de cargas positivas. O modelo atômico de Thomsom propunha que o átomo fosse maciço, esférico, formado por um fluido com carga positiva no qual estavam dispersos os elétrons. O próprio Thomsom associou o seu modelo a um “pudim de passas” em um trabalho apresentado em 1897.

4.3) Rutherford (1871 – 1937)
a) Embora Rutherford tenha sido um dos mais brilhantes cientistas desse século e tenha feito inúmeras descobertas importantes, ele é mais conhecido pela famosa experiência na qual tentou verificar se os átomos
eram realmente maciços, utilizando para isso, partículas a (alfa), que apresentam carga positiva , como projéteis. A experiência consistiu em bombardear uma finíssima lâmina de ouro (0.0001 cm de espessura) com partículas a emitidas pelo polônio, um elemento radioativo. Durante a realização do experimento, Rutherford observou que:
b) a grande maioria das partículas a atravessava a lâmina de ouro sem sofrer desvios e sem provocar alterações na lâmina;
c) uma quantidade muito pequena de partículas não atravessava a lâmina e voltava;
d) algumas partículas a sofriam desvios ao atravessar a lâmina.

Em função dos fatos observados, Rutherford concluiu inicialmente que:

a) a maior parte do átomo deveria ser vazio. Nesse espaço vazio denominado eletrosfera, estariam os elétrons;
b) deve existir uma pequena região maciça, denominada núcleo, onde estaria concentrada a massa do átomo;
c) o núcleo do átomo deve ser pequeno e positivo;
d) o diâmetro do núcleo deve ser de 10 000 a 100 000 vezes menor que o diâmetro do átomo.
Assim o modelo atômico de Rutherford ficou semelhante ao Sistema Solar, com uma região central que contem praticamente toda massa do átomo e carga positiva, a qual foi denominada núcleo e outra, uma região praticamente sem massa envolvendo o núcleo apresentando carga negativa, denominada eletrosfera. Rutherford concluiu que, se o átomo é forma do por duas regiões e é descontínuo, a matéria é descontínua.

4.4) Bohr (1885 - 1962)
Em 1913, Niels Bohr , estudando o espectro de emissão do hidrogênio, relacionou a energia do elétron ao quantum e elaborou um modelo atômico baseado nos seguintes postulados:
a) O elétron move-se em orbitais circulares em torno do núcleo atômico central.
b) Quando o elétron passa de uma orbita para outra, emite ou absorve um quantum de energia.
c) Somente certas orbitas eletrônicas são permitidas e o elétron não irradia energia quanto as percorre.
O modelo atômico de Bohr explicava satisfatoriamente o átomo de hidrogênio que possui apenas1 próton no núcleo e 1 elétron ao redor, mas não explicava átomos com um número maior dessas partículas.

4.5) Rutherford - Bohr
O "átomo de Rutherford" foi completado com as ponderações de Bohr dando origem ao modelo atômico Rutherford - Bohr. Mais tarde, constatou-se que os orbitais eletrônicos de todos os átomos conhecidos se agrupavam em sete camadas eletrônicas que foram denominadas K, L, M, N, O, P e Q.
Em 1932, o cientista Chadwick provou que no núcleo não existem apenas pequenas partículas com carga elétrica positiva, chamadas prótons, mas, também, partículas sem carga elétrica que, por esse motivo, foram denominadas nêutrons. De certa forma, os nêutrons "isolam" os prótons, evitando suas repulsões e o conseqüente 'desmoronamento" do núcleo.

5) Estrutura Atômica

Podemos resumir a estrutura atômica da seguinte maneira:


NÚCLEO Prótons
Nêutrons
ÁTOMO

ELETROSFERA Elétrons (distribuídos em sete camadas)

Novos estudos foram feitos, visando estabelecer relações entre as massas e as intensidades das mas cargas elétricas dos prótons, elétrons e nêutrons.

Partícula..................... Massa...................... Carga elétrica

Próton...............................1.....................................+1
Nêutron............................1...................................... 0
Elétron............................. 1/1840...........................-1



Note que a massa do elétron é cerca de 1840 vezes menor que a massa de um próton ou de um nêutron.

5.1) Conceitos fundamentais relativos ao átomo


Número atômico (Z) é o número de prótons existentes no núcleo de um átomo.
Número de massa (A) é a soma do número de prótons (Z) e de nêutrons (N) existentes no átomo.
Portanto: A= Z + N


Obs: Embora tenham valores numéricos próximos, não devemos confundir número de massa com massa atômica ou peso atômico. A massa atômica indica quantas vezes o átomo considerado é mais pesado que 1/2 do átomo de carbono, de número de massa 12 (que foi escolhido como padrão).
A notação geral de um átomo é:

.....................A...................................A
..................X ou .............X
......................Z..........................Z

5.2) Isoátomos


Isótopos são átomos com mesmo número de prótons (Z) e diferente número de massa (A).
Isóbaros são átomos de diferentes números de prótons mas que possuem o mesmo número de massa.
Isótonos são átomos de diferentes números de prótons e diferentes números de massa porém com mesmo número de nêutrons (N).

A Química e o Meio Ambiente

1) Educação em Química e o Meio Ambiente

O papel de cada ciência que se coloca a serviço da sociedade é mostrar o saber acumulado, é problematizar este mesmo saber e propor soluções alternativas. A técnica deve estar a serviço da política numa sociedade democrática. Numa sociedade assim, todos decidem, não só o cientista, não só o político profissional, mas principalmente o cidadão comum. Daí a importância de uma formação adequada nos paradigmas científicos atuais e uma reflexão sobre questões ambientais à luz destes paradigmas.
A Química, junto com as demais disciplinas do ensino fundamental e médio, têm como responder os desafios de reestruturação de conteúdos e abordagens para formar o cidadão consciente e crítico com possibilidade de tomar decisões políticas sobre as questões técnicas dos tempos atuais.
Hoje a Química alargou tanto suas fronteiras que se tornou impossível delimitar seus campos de atuação e, em se tratando de ciências ambientais, esta interpenetração de saberes é extremamente útil.
A diversidade de especialidades dentro da própria Química e a escassez de dados impede que o professor de ensino médio tenha acesso às discussões atuais sobre o assunto. Deste modo é preciso criar com urgência materiais didáticos alternativos que possam refletir a partir da problemática local a questão ambiental a luz do conhecimento atual.
Existe, portanto, uma demanda fundamental que ainda deve ser atendida, a criação de materiais didáticos que apontam para uma responsabilidade ambiental sobre a geração de resíduos, sobre o impacto de produtos e processos químicos e também sobre a perspectiva Química de tratamento de danos ambientais.
A Química é uma ciência dinâmica e como tal vem atendendo as demandas da sociedade por mais tecnologia. Mas não há tecnologia ou ciência neutras, ambas podem estar a serviço do homem ou apenas do capital. As opções que se faz na Química entre técnicas, entre solventes, entre temas, etc. refletem a visão que se tem de mundo.
A “Química Verde” ainda não emplacou nos laboratórios mas dentro da comunidade Química tem crescido movimentos e práticas dirigido a produtos e processos que privilegiem atividades de baixo custo e de pequeno impacto ambiental.
A “Educação em Química e Meio Ambiente” é mais do que uma proposta de colorir a Química que se trabalha no ensino médio e fundamental com alguns conceitos fundamentais de Química Ambiental. É tornar efetivo o ensino de Química na compreensão dos problemas ambientais que cercam a comunidade local e o próprio globo. É preparar o cidadão para tomar decisões embasadas nas Ciências Químicas. É rever preconceitos e propor soluções efetivas ancoradas também nesta ciência.
Tanto os problemas ambientais como as soluções ou atenuações destes problemas são multidisciplinares. Cabe então procurar o papel da Química, no concerto com os outros saberes, na compreensão e na solução destes problemas.


Por José Machado Moita Neto

Cientistas: Os protagonistas da Ciência


Lavoisier nasceu a 26 de Agosto de 1743 em Paris e faleceu em 8 de Maio 1794, também em Paris.
A química moderna assim explica: há uma combinação das substâncias e não uma decomposição. Contudo, esse ponto era ignorado pela Ciência de antes do século XVII, que dava maior ênfase aos aspectos qualitativos, desprezando as quantidades.
Considerado o pai da Química, Antoine Lavoisier foi o primeiro a observar que o oxigénio, em contacto com uma substância inflamável, produz a combustão. Deduziu, também, baseado em reacções químicas, a célebre lei da conservação da matéria: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Com outros estudiosos, Lavoisier tentou ainda encontrar uma linguagem própria para a química.
Em 1773, colocou um metal dentro de um vaso, fechou-o hermeticamente e, por pesagem, determinou-lhe a massa. Depois, levou-o a um forno de alta temperatura, e em seguida pesou-o novamente. Não houvera alteração de massa, apesar de o metal ter-se combinado com o oxigénio do ar, formando um óxido.
Repetiu a experiência muitas vezes, provocou outras reacções, medindo sempre com balanças a massa das substâncias a serem testadas, e a massa dos produtos obtidos. Concluiu que a massa das substâncias que entram numa reacção química é sempre igual à das substâncias que resultam do processo. Nada se perde e nada se cria. Estava estabelecido o Princípio da Conservação da Massa.
Muito mais tarde, em 1905, Einstein mostrou que a energia possui, como a matéria, a propriedade da inércia ou massa. Conforme concluíra Lavoisier, ao nível das reacções químicas a matéria não desaparece: apenas se transforma.

Químico francês, filho de um rico negociante, estudou no colégio Mazarin, iniciando-se depois em matemática e astronomia, química e física experimental. A essa formação acrescentaram-se estudos de botânica e geologia, concluídos em 1764. Quatro anos mais tarde ingressava na Académie des Sciences: esta o havia distinguido com um prémio (1766) por seu trabalho "Mémoire sur le meilleur système d'éclairage de Paris" (Relatório sobre o melhor sistema de iluminação de Paris).
Em 1779, tornou-se colector de impostos e foi nomeado inspector-geral das pólvoras e salitres, ao mesmo tempo em que se dedicava a algumas de suas experiências químicas mais notáveis. Membro da comissão de agricultura, de 1785 a 1787, aplicou-se ao estudo dos problemas de economia e da química agrícolas, e em 1789 era eleito deputado suplente aos Estados Gerais, integrando, no ano seguinte, a comissão para o estabelecimento do novo sistema de medidas.
Ao jovem Antoine Laurent de Lavoisier cabe o mérito da introdução do novo método na experimentação química. Génio versátil, filho de rica família, Lavoisier cedo ficaria órfão de mãe. O pai e a tia, que o educaram, preferiam que ele estudasse Direito, e o encaminharam ao Colégio Mazzarino. Ao passar para a universidade, o interesse pela ciência prevaleceu. Era o começo de uma revolução dos métodos científicos.

Na antiguidade, a água era considerada um elemento, não uma substância. Essa ideia perdurou até o século XVIII, quando Lavoisier conseguiu demonstrar que, na realidade, a água era um composto químico constituído de dois elementos, combinados em proporções fixas.
Se o termo "química" evoca imediatamente os conceitos de átomo, molécula, reacções que conduzem à formação de novas substâncias ou à decomposição daquelas já conhecidas, no final do século XVIII surgiria imagens bem diferentes e bem mais vagas. Recém afastada da alquimia, a química herdada dela muitas das características, como a nomenclatura e métodos de pesquisa.
Um problema que fascinava os pesquisadores da época era a entidade que participaria das reacções de combustão. Invocava-se uma substância hipotética – o flogístico - para explicar muitas reacções químicas cujo mecanismo não era ainda claro. Apesar de sua constante citação e da alta responsabilidade que lhe atribuíam, ninguém conseguiu isolar essa entidade despida de todo carácter científico.
Grande número de experiências vinha sendo realizado por muitos investigadores e já se tinham acumulado suficientes conhecimentos para permitir a descoberta das leis fundamentais da química. Era preciso submeter essas pesquisas a um novo método de investigação e a um rigor científico até então desprezado.
Já ninguém tinha dúvidas quanto à utilização da experimentação no estabelecimento das verdades científicas. O ensino dividia-se em duas partes: na primeira, o professor ensinava teoria, explicando o que parecia a verdade científica; depois, a experimentação comprovava a verdade estabelecida.
Quando Lavoisier iniciou seus estudos na universidade, esse esquema já era amplamente difundido. De um lado, o professor; do outro, o "demonstrador", já que o mestre não se rebaixava a fazer o trabalho humilde da demonstração manual. Mas nem sempre o resultado desse trabalho a quatro mãos era o esperado.
No Jardin des Plantes, onde eram ministradas as lições de química, o professor era um certo Boudelaine e o demonstrador - que mais tarde se tornaria amigo de Lavoisier - chamava-se Rouelle. Um público actualizado e elegante acorria ao Jardim para apreciar a extrema habilidade de Rouelle. Era muito refinado seguir as experiências das novas ciências para comentá-las nos sofisticados saraus de grã-finos. Numa das lições a que Lavoisier e a nobreza compareceram, todas as afirmações do professor viram-se demolidas imediatamente pelas experiências de Rouelle, para maior entusiasmo do auditório, que detestava o ensinamento teórico.

No século XVIII, a química encontrava-se em plena transição para o quantitativo. Ao mesmo tempo, o grande número de novas descobertas exigia uma nomenclatura funcional e generalizada. Um sistema prático de notação tornou-se, portanto, factor essencial para seu progresso. Era comum, na época, o emprego de nomes estranhos e complicados, como "algarote", "manteiga de arsénico", "água fagedênica", "óleo de tártaro por desfalecimento", "flores de zinco", cuja única função parecia ser confundir os químicos.
Lavoisier foi um dos primeiros a chamar a atenção para o problema. "É necessário grande hábito e muita memória para nos lembrarmos das substâncias que os nomes exprimem e sobretudo para reconhecer a que género de combinações pertencem", escreveu no Tratado Elementar de Química.
Em 1787, Lavoisier, juntamente com outros químicos como Berthollet, Fourcroy e Guyton de Morveau, iniciou o trabalho de elaboração de uma nomenclatura mais racional.
No começo do século XIX, Lavoisier demonstrara a importância de leis químicas quantitativas, enunciando seu princípio da conservação de massa. Foi nessa ocasião que os físicos começaram a se interessar pelo estudo do calor e a tratá-lo como uma forma de energia.
Contribuições científicas
Em reacções químicas ordinárias, a conversão de massa em energia é tão pequena que não é significativa. Assim, em sentido restrito, a lei que rege as reacções químicas diz respeito apenas à matéria que nelas intervém: é a LEI DA CONSERVAÇÃO DA MASSA estabelecido por Lavoisier: durante o processo químico, há somente a transformação das substâncias reagentes em outras substâncias, sem que haja perda nem ganho de matéria. Todos os átomos das substâncias reagentes devem ser encontrados, embora combinados de outra forma, nas moléculas dos produtos. Outra condição: a conservação da carga eléctrica. A carga total dos produtos deve ser igual à carga total dos reagentes.
No final do século XVIII, Lavoisier concluía que a quantidade de calor necessária para decompor uma substância é igual àquela liberada durante sua formação. Iniciava-se, dessa maneira, novo capítulo da físico-química, que estuda os calores de reacção e fenômenos com eles relacionados.

Oxigénio
Lavoisier descobriu sua função na respiração, nas oxidações, nas reacções químicas e foi também quem propôs o seu actual nome. Indicou o oxigénio como um dos constituintes do ar. Em 1781, ele o indica como o responsável pelo processo de combustão e da respiração.
Por volta de 1774, o químico francês realizava experiências sobre a combustão e a calcinação de substâncias. E observava que, dessas reacções, sempre resultavam óxidos cujo peso era maior que o das substâncias originalmente usadas. Informado sobre as características do gás que activava a queima de outras substâncias, passou a fazer experiências com o mesmo e acabou por deduzir que a combustão e a calcinação nada mais eram que o resultado da combinação do gás com as outras substâncias. E que o peso aumentado dos compostos resultantes correspondia ao peso da substância inicialmente empregada, mais o do gás a ela incorporado através da reacção.
Dessa constatação, Lavoisier extraiu o seu princípio, hoje muito conhecido: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" e deu ao elemento o nome de oxigénio, ou seja, gerador de ácidos.
O sentido mais comum de combustão é o da queima de uma substância com desenvolvimento de luz e calor. Antes de Lavoisier, a mais satisfatória explicação sobre a natureza dos fenómenos de combustão foi dada pela teoria do flogístico, estabelecida em 1697 pelo químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Segundo essa teoria, toda substância combustível possuiria dentro de si um constituinte invisível chamado flogístico, capaz de se desprender com produção de luz e deixando como resíduo a cinza. Quanto menor a quantidade de cinza deixada pelo combustível, tanto maior seria seu teor do fantasmagórico flogístico.

Hidrogénio
Conhecido desde o século XVI - era o "ar inflamável" obtido quando se jogava limalha de ferro sobre ácido sulfúrico - foi alvo de diversos estudos dos quais resultou seu nome. Em fins de 1700, o químico inglês Cavendish observou que da chama azul do gás pareciam se formar gotículas de água e Lavoisier, em 1783, se baseava nisso para sugerir o nome hidrogénio, do grego "gerador de água". Simplesmente, durante a combustão o hidrogénio se combina com oxigénio, dando água.

Nitrogénio
Azoto quer dizer "sem vida". Este nome, sugerido por Lavoisier, designava um novo elemento, até então conhecido como "ar mefítico". O ar mefítico havia sido descoberto em 1722, quando Priestley, queimando corpos em vasos fechados, verificou que, exaurido o oxigénio do ar, restava ainda um gás inerte junto ao gás carbónico. O gás recém-descoberto não activava a combustão e não podia ser respirado; era, portanto, "alheio à vida".
Lavoisier não podia sequer imaginar que o elemento "sem vida" era um componente fundamental dos organismos vivos: achava-se presente nos aminoácidos. É também parte essencial no ciclo biológico das plantas, responsáveis, em última análise, pela sobrevivência dos seres vivos.
Como o azoto era componente dos nitratos, recebeu mais tarde o nome de nitrogénio (isto é, gerador de nitro). É um dos elementos mais difundidos, encontrado no ar em estado livre, na proporção de 78,03%, e combinado nos nitratos, como o salitre do Chile.


Aos 22 anos, Lavoisier obtinha sua primeira conquista, apresentando à Academia de Ciências um projecto para a iluminação das ruas de Paris. Uma medalha de ouro - a primeira de sua carreira - premiava o projecto, julgado interessantíssimo.
Nova medalha premia os trabalhos de Antoine Laurent pela colaboração em um atlas geográfico da França. Outros estudos para a Academia e experiências com gesso garantem-lhe novas honras. Em 1768, com apenas 25 anos, era eleito e empossado membro da Academia de Ciências.
Decidiu-se Lavoisier por um expediente rendoso, mas que lhe viria a custar a vida: comprou acções da Ferme Générale, uma sociedade que tinha o direito de cobrar os impostos. A renda que tais acções lhe davam - apenas uma cota fixa era para o rei, o resto ficava para a cobrança e lucro dos accionistas - permitia uma vida de luxo e boas amizades. Mas dirigia contra ele e os demais accionistas o ódio do povo.
Nesse mundo confortável conheceu Jacques Paul Chastelnelles e sua filha Marie Anne, de catorze anos, que se tornou sua esposa. Ela ajudava o marido preparando traduções e desenhos para as memórias científicas, que ele redigia como conclusão de seus estudos. Era uma união feliz. Mas, com a Revolução Francesa, o ódio do povo contra os membros da Ferme Générale se concretizou: nem Lavoisier escapou à guilhotina.

O símbolo geralmente tomado para representar a obra de Lavoisier é da balança. Ele compreendeu que a maior parte das incertezas na interpretação das experiências químicas resultava da inexactidão do conhecimento do peso de cada substância que delas participava.
Uma das primeiras ideias erradas que Lavoisier demoliu foi a de que da água pudessem formar-se substâncias sólidas. Experiências precisas provaram que tais substâncias pesavam exactamente a diferença entre o peso total e o peso da água evaporada. Lavoisier mostrou também que esses sólidos não apareciam quando se usava água destilada, a menos que se houvessem destacado das paredes do recipiente durante a ebulição. Mesmo assim - afirmava Lavoisier - , o seu peso seria exactamente igual à diminuição do peso recipiente.
As três balanças que Lavoisier possuía tinham tal sensibilidade e precisão para pesagens de quantidades mínimas, que podiam rivalizar com algumas das balanças mais modernas. Usou-as magistralmente em muitíssimas experiências, nas quais mediu quanto oxigénio era retirado do ar para a formação do óxido de mercúrio, repetindo a célebre experiência realizada por Priestley e que conduzira à descoberta do gás.
O rigor da experimentação permitiu a Lavoisier refutar definitivamente a teoria do flogístico, substituindo-a pela do calórico, que, embora imperfeita, abriu caminho à compreensão dos fenômenos da termoquímica.
Em 1789 duas grandes mudanças atingem a história e a química. Lavoisier lança seu Tratado Elementar de Química, apresentando pela primeira vez a nomenclatura moderna, longe da obscura linguagem tão cara à alquimia; a história toma novos rumos, com a Revolução Francesa.
Lavoisier era um trabalhador incansável. Ainda muito jovem, passava dias e noites junto aos fornos (não havia ainda a chama de gás para experiências químicas), quando se alimentava somente de pão e leite. Com frequência, suas pesquisas eram interrompidas por solicitações do Governo, que o desviavam para problemas de interesse imediato. Foi nomeado controlador das munições, o que o estimulou a estudar importante processo industrial. Até então a pólvora para a guerra era fabricada com salitre raspado das paredes das adegas e, a julgar pelas guerras que ajudou a ganhar, é de se supor que esse suprimento, embora primitivo, fosse satisfatório. Lavoisier descobriu o modo de sintetizar o salitre e desenvolveu o processo industrial necessário para assegurar o abastecimento do produto independente do fenómeno natural. Ao mesmo tempo, isto abolia o motivo que outorgara ao Estado o direito de revistar as adegas dos franceses. Ao tomar posse da direcção geral do serviço das pólvoras, que lhe reservara um laboratório no arsenal, uma explosão destruiu o paiol de pólvora. Por pouco Lavoisier e Marie Anne escaparam.
Todos os benefícios prestados ao Estado, entretanto, diluíram-se no caos da Revolução. Os membros da Ferme Générale estavam entre os primeiros da lista de "inimigos do povo", acusados de peculato e presos por não terem prestado contas de suas actividades. E Marat - que fora recusado por Lavoisier na eleição para a Academia de Ciências - vingava-se dissolvendo as sociedades científicas. Os cientistas de toda a Europa, temendo pela vida de Lavoisier, enviaram uma petição aos juízes para que o poupassem em respeito a seu valor científico. Coffinhal, presidente do tribunal, recusou o pedido com uma frase que se tornou famosa "A FRANÇA NÃO PRECISA DE CIENTISTAS". A acusação, assim, passou de peculato para traição e Lavoisier foi guilhotinado a 8 de Maio de 1794. Ao matemático Lagrange, que sobreviveu a Lavoisier, atribuiu-se uma frase que serviria de bom epitáfio ao infortunado químico: "NÃO BASTARÁ UM SÉCULO PARA PRODUZIR UMA CABEÇA IGUAL À QUE SE FEZ CAIR NUM SEGUNDO".
A maior parte das obras está dispersa nos vários periódicos científicos que se publicavam na época:
· 1787 - Método de Nomenclatura Química, trabalho com que reformulou a terminologia química, com a colaboração de Louis B. Guyton de Morveau e Antoine F. Fourcroy;
· 1789 - Tratado Elementar de Química, no qual define e apresenta sob forma lógica suas novas ideias e a primeira lista de "substâncias simples" (luz, calor, oxigénio, azoto e hidrogénio);
· 1791 - A Riqueza Agrícola do Solo da França, estudo relacionado com um novo esquema de taxando

Química: "Mão na massa"

Teor de álcool na gasolina

Objetivo da experiência: determinar o teor de álcool na gasolina; posteriormente, serão discutidos os princípios subjacentes ao método usado para esta determinação.

Introdução:
Como se pode determinar a quantidade de álcool na gasolina?



MATERIAL E REAGENTES
· 25 mL de água
· 25 mL de gasolina
· 1 proveta de 100 mL
· 1 rolha para tampar a proveta
· 1 pipeta de 25 mL (ou seringa hipodérmica)



CUIDADOS
A gasolina é um líquido tóxico, bastante volátil; durante a realização desta experiência, mantenha o laboratório arejado e evite a inalação dos vapores de gasolina. Por outro lado, a gasolina é altamente inflamável; assim, durante a realização desta experiência, não deve haver qualquer chama acesa no laboratório.



PROCEDIMENTO
Usando a pipeta (ou a seringa hipodérmica), coloque 25,0 mL de gasolina na proveta. A seguir, adicione 25,0 mL de água, tampe a proveta com a rolha e agite a mistura água-gasolina. Após deixar o sistema em repouso para que ocorra a separação das fases, determine o volume de cada fase. Então, calcule o teor porcentual de álcool na amostra de gasolina.


OBSERVAÇÕES
1. Atualmente recomenda-se que o teor (volume a volume) de um líquido numa solução líquida seja expresso como concentração em volume, ф, (em mL/L, por exemplo). Neste caso, o cálculo seria feito usando a seguinte expressão:


ф = Válcool / 0,0100 L
onde:
Válcool = 25,0 mL - Vfinal gasolina


Novamente, o volume 25,0 mL se refere ao volume inicial da mistura gasolina álcool (se este volume for alterado, a fórmula tem que ser modificada de acordo).



2. A concentração de álcool na gasolina brasileira, segundo o CNP - Conselho Nacional do Petróleo, deve estar entre 18% e 25%, volume a volume (ou, em unidades de concentração em volume, 180 mL/L a 240 mL/L). Assim, este experimento pode ser usado no contexto de resolução de um problema real mais amplo: verificação do cumprimento ou não da norma do CNP por diferentes postos de gasolina em sua cidade ou região.


QUESTÕES
1. Por que o álcool foi extraído pela água?
2. É possível separar o querosene (mistura de hidrocarbonetos, que são substâncias apolares) de uma mistura querosene-gasolina colocando-a em contato com água (substância polar)? Por que?
3. Uma mistura de duas substâncias, A (polar) e B (apolar), pode ser separada com a utilização de uma substância C (apolar)? E com a utilização de uma substância D (polar)? Por que?
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Emulsões e Tratamentos de Água

Emulsões
Em 3 tubos de ensaio coloque cerca de 1ml de óleo e 1 ml de água destilada, agite e deixe em repouso por cerca de 5 minutos. Observe e anote.
Adicione, com agitação: - ao tubo nº 1 algumas gotas de sabão; - ao tubo nº 2 algumas gotas de detergente; - ao tubo nº 3 algumas gotas de glicerina. Anote, pra cada tubo o tempo necessário para voltar a formar o sistema bifásico.

Tratamento de Água

I - Purificação da água

Coloque em 2 tubos de ensaio cerca de 5ml de água contendo impurezas. A um dos tubos de ensaio adicione 5 gotas de solução saturada de sulfato de alumínio. Adicione, a seguir, lentamente e com agitação, gota a gota, solução saturada de carbonato de sódio, até a formação de um sólido. Deixe o sólido depositar e compare os dois tubos de ensaio.

Sulfato de Alumínio+ largamente utilizado em tratamentos de água como floculante:
Há quatro tipos de materiais que purificam a água: materiais suspensos, materiais coloidais, organismos biológicos e substâncias dissolvidas.
Matérias em suspensão = separados por sedimentação.

Matérias coloidais = separação por coagulação e filtração= isto pode ser feito com sulfato de alumínio e cal (melhor eficiência = aluminato de sódio). Materiais mais modernos = hidroxo-cloreto de alumínio hidratado: Al2(OH)5Cl . xH2O, X=2 ou 3; podem formar oligômeros com até 6 átomos de Al ( > superfície de arraste).
O íon alumínio (III), por causa da carga elevada, ajuda a coagular o matérial coloidal.
O CaO em água dá solução alcalina que forma precipitado de Al(OH)3 e este composto além de coagular o material coloidal, ajuda a arrastar algumas bactérias.
A água é filtrada em leitos de areia para remover o hidróxido de alumínio.

Cloro é adicionado para fazer a desinfecção da água.
Deve-se controlar a quantidade de carbonato adicionado para evitar a formação de aluminato.

Teoria e prática

Pilhas e combustão
Transformações da energia

A energia transforma-se de uma modalidade em outra com muita rapidez e cada etapa dessa transformação ocorre com liberação de calor. Podemos observar esse fenômeno fazendo uma experiência com pilhas e palha de aço (do tipo usado para arear panelas).

Reagentes e aparelhagens
- um pedaço pequeno e seco de palha de aço
- duas pilhas pequenas
- dois pedaços de fios com as extremidades descascadas
- um prato de sobremesa e uma jarra com água

Procedimentos
Se possível utilize óculos de segurança durante a realização da experiência e sempre mantenha o rosto a uma distância segura do prato onde está a palha de aço.
Conecte uma das extremidades de cada fio nos pólos das pilhas, que devem ser unidas encostando-se o pólo positivo de uma ao pólo negativo da outra.
Coloque a palha de aço no prato de sobremesa e encoste as outras extremidades dos fios na palha de aço. Assim que ela entrar em combustão, retire os fios.

Não utilize uma palha de aço inteira. Se a combustão aumentar muito, use a água da jarra para apagar o fogo.
Nas pilhas ocorre a transformação de energia química em energia elétrica.
A energia elétrica entra em contato com a palha de aço e transforma-se em energia térmica. A energia térmica aquece as fibras de ferro e carbono (aço) a ponto de desencadear o processo de combustão.
Após o fornecimento inicial de energia elétrica, o que passa a manter a combustão é a energia química da palhinha de aço. Dessa forma, também observamos a energia química transformando-se em energia térmica.

Risco de incêndio
Tome bastante cuidado ao fazer esta experiência. Antes de começar, veri­fique se não há materiais inflamáveis por perto, pois, nesse caso, a presença da chama pode causar acidentes bem graves

A Química e o Consumidor

Margarinas e halvarinas

Denomina-se óleo vegetal hidrogenado todo óleo que sofreu transformação química na presença de gás hidrogénio, tornando-se sólido à temperatura ambiente, como uma gordura. Os óleos vegetais hidrogenados são utilizados na fabricação de três produtos distintos, conforme a proporção de água que entra na composição:
Margarina: 80% de óleos vegetais hidrogenados e 20% de água.
Creme vegetal: 60% de óleos vegetais hidrogenados e 40% de água.
Halvarina (que é o nome do produto líght): 40% de óleos vegetais hidrogenados e 60% de água.
Os óleos vegetais hidrogenados são classificados quimicamente como lipídios, conforme aparece no rótulo de uma marca de halvarina reproduzido a seguir:
Ingredientes
- Água
-Óleos vegetais líquidos e hidrogenados
- Sal (0,8%)
Contém
- Estabilizante lecitina de soja (322)
- Monodiglicerídeos (471)
- Antioxidantes ácido cítrico (330), EDTA (385) e BHT (321)
- Acidulante ácido lático (270)
- Conservador benzoato de sódio (210)
- Corante natural urucum (160b)
-15 000 U.I. de vitamina A por kg
- Aromatizado artificialmente

O número que aparece entre parênteses após o nome dos aditivos (ingredientes sem valor nutritivo) é o International Numeration System (INS). A legislação brasileira estabelece como obrigatória a adição de vitamina A (solúvel em óleos e gorduras) em produtos como margarina, creme vegetal e halvarina

A sigla UI significa Unidades Internacionais, e a conversão para medidas conhecidas é especifica para cada vitamina. No caso da vitamina A (retinol), 1 UI = 3,3 microgramas.
Os lipídios são utilizados pelo organismo, dentre outras funções, como reserva de energia; os carboidratos (açúcares), por terem uma estrutura mais simples, são queimados mais facilmente e fornecem energia para consumo imediato. As proteínas são utilizadas pelo organismo na construção de células, músculos, cabelos, pele, unhas, embora também possam ser queimadas para fornecer energia.
Resumindo, aquilo que comemos nos fornece energia química potencial, que pode ser medida, por exemplo, em calorias, que nós queimamos para viver. As calorias supérfluas são estocadas em nosso corpo sob a forma de gordura.

A caloria é uma unidade muito pequena, 10g de margarina, por exemplo, têm 74 000 calorias. Por isso é mais conveniente medir a energia fornecida pelo alimento em quilocalorias (kcal). Uma quilocaloria corresponde a 1 000 calorias (10 g de margarina têm, então, 74 kcal).
Em linguagem popular, principalmente no que se refere a alimentos, fala-se em calorias como sinônimo de quilocaloria. Assim, um médico, por exemplo, recomenda para sua paciente uma dieta de "1 200 calorias" e adverte que 10g de margarina correspondem a "74 calorias". É um hábito errado, cuja intenção é facilitar a comunicação com pessoas leigas, mas que, no fim, acaba complicando.
Atualmente há uma enorme oferta de produtos diet e light no mercado. É importante saber a diferença:

* Produtos diet: sofreram alterações em sua composição original, como menos sódio, mais fibras etc.
* Produtos light: tiveram (em princípio) o número de calorias reduzido em, no mínimo, 25%.
Dessa forma, quem necessita ingerir um número menor de quilocalorias nas refeições (regimes de emagrecimento) deve consumir produtos light, mas não necessariamente produtos diet.
O chocolate diet, por exemplo, que teve o açúcar substituído por adoçante artificial, possui em geral maior teor de gordura e proteína (o que é necessário para dar a consistência característica).
Por isso, é indicado para diabéticos, mas não para regimes de emagrecimento, já que em certos casos chega a fornecer um número maior de quilocalorias que o chocolate convencional (veja tabela ao lado).
No caso da halvarina, porém, a redução de calorias é significativa, 51,35% — a margarina comum tem 740 kcal e 82 g de gordura por 100 g, enquanto a halvarina tem 360 kcal e 40 g de gordura por 100 g —, isso é mais do que suficiente para classificá-la como light.

Caloria (em latim calorias significa calor) é a quantidade de calor necessária para aquecer 1 grama de água de 14,5 °C para 15,5 "C, sob pressão de 1 atm (pressão normal). O produto fornece a energia em kcal. 1 kcal = 1 000 cal

Química na Indústria



Fabricação do vidro

O vidro é feito esfriando-se um material na fase líquida (fundido), de tal modo que as partículas que o formam não possam se organizar (cristalizar), permanecendo desorganizadas (amorfas).
Assim, cientificamente o vidro é um líquido, embora sua viscosidade seja tão elevada que, do ponto de vista prático, pode ser considerado um sólido.
Os materiais capazes de esfriar sem cristalizar-se são relativamente raros. O principal é o dióxido de silício, também denominado sílica ou quartzo.
A areia — matéria-prima utilizada na fabricação do vidro — é constituída basica­mente de óxido de silício puro.
O formato final de uma peça de vidro deve ser determinado enquanto o material está fundido ou derretido (com uma viscosidade baixa obtida em função do aquecimento).
O problema é que o dióxido de silício só sofre fusão numa temperatura muito alta, 1 723 °C, o que implica grande gasto de energia.
Para diminuir essa temperatura, acrescenta-se um dos seguintes materiais: carbonato de sódio (soda comum ou barrilha), nitrato de sódio (salitre-do-chile) ou, ainda, carbonato de potássio (potassa).

Os silicatos de sódio ou de potássio não têm durabilidade química e se dissolvem (são solúveis) em água. Para solucionar esse problema, adiciona-se cálcio na forma de carbonato de cálcio ou sulfato de cálcio (presente em grande quantidade no giz).
Assim, o vidro comum é uma mistura de sílica, sais de sódio ou de potássio (solúveis) e sais de cálcio (insolúveis).
A silica é responsável pelas características particulares do vidro: partículas amorfas e viscosidade muito alta. O sódio diminui a temperatura de fusão da sílica e o cálcio torna o material resistente e insolúvel. Há ainda outros materiais que podem ser acrescen­tados ao vidro durante a sua fabricação, de modo a dar ao produto final certas propriedades de interesse comercial.
O vidro pirex, por exemplo, adquire baixa dilatação térmica, podendo suportar mudanças bruscas de temperatura devido à adição de ácido bórico. Esse tipo de vidro é conhecido como borossilicato.
As garrafas de cerveja devem sua cor característica à presença de óxido ferroso (vidro esverdeado) ou óxido férrico (vidro avermelhado). Já a cor branca de alguns tipos de vidro é obtida pela adição de óxido de magnésio.

Atualmente há três processos em uso para a fabricação de vidro, adaptados aos diferentes produtos industriais e aos tipos de objeto que se pretende obter.
Processo de sopro: Na manufatura artística do vidro, as matérias-primas são fundidas; retira-se então certa quantidade da massa obtida e, por meio de um longo tubo de ferro (cano dos sopradores), essa massa é soprada. Durante o sopro, a massa de "vidro pastoso" distende-se e assume a forma desejada, que pode também ser modelada com a ajuda de pinças e outros utensílios. Simultaneamente, porém, a massa esfria, razão pela qual se deve reintroduzir, de vez em quando, o objeto no forno.
Depois dos últimos retoques, a parte que une o objeto de vidro ao cano dos sopradores é cortada e o objeto é transportado para uma estufa onde sofre um resfriamento lento para evitar a ocorrência de tensões no vidro.
Na indústria, a fabricação do vidro segue um processo quimicamente idêntico ao processo artesanal, porém os objetos são produzidos em larga escala, passando da ordem de poucas dezenas de quilogramas a muitas toneladas diárias.
A técnica de sopro é utilizada industrialmente na fabricação de garrafas, globos de âmpadas elétricas, ampolas para medicamentos e recipientes para laboratórios químicos e farmacológicos; nesse caso, todo o processo é mecanizado, cabendo às pessoas apenas a tarefa de supervisionar as máquinas, que, em geral, são do tipo múltiplo, podendo trabalhar várias peças ao mesmo tempo.

A garrafa é soprada por meio de ar comprimido (com algumas atmosferas de pressão)
no interior de moldes especiais em duas fases: num primeiro molde recebe uma conformação grosseira, completada em seguida num segundo molde. Ao saírem da
máquina, as garrafas são pousadas automaticamente num transportador que as leva sara uma estufa onde sofrem um resfriamento gradativo. Essa técnica permite produzir garrafas e frascos de todos os tipos e tamanhos à razão de alguns milhares por hora.
Processo de estampagem: Consiste em prensar a quantidade de vidro dentro de moldes de aço; a técnica por fundição dá-se por simples solidificação da massa em formas convenientes.
Uma vez formado, o objeto deve ser resfriado lentamente; de outro modo, poderiam surgir tensões internas capazes de causar rupturas ou torná-lo excessivamente frágil. Esse resfriamento é feito fazendo-se com que os objetos percorram extenso túnel, ao longo do qual a temperatura é adequadamente decrescente.

O vidro não tem propriamente uma temperatura específica em que se inicie a fusão (temperatura de fusão), pois, à medida que o aquecemos, ele se torna menos viscoso (mais fluido). A organização de suas partículas também é mais próxima da fase líqui­da que da fase sólida. Diz-se que o vidro é um líquido super-resfriado, ou seja, um líquido em que as partículas deveriam ter-se organizado (cristali­zado), mas não o fizeram.

A seguir são fornecidos os materiais utilizados na fabricação dos mais comuns

Vidros Ingredientes principais
Vidro óptico Areia, ácido bórico, potassa, ferro e soda
Vidro tipo pirex para forno Areia, ácido bórico, sódio e alumínio
Vidro para cristais Areia, óxido de chumbo e potassa
Vidro de janela Areia, sódio, cal ou giz, magnésio e alumínio
Vidro de garrafa incolor Areia, soda, cal, alumínio e dióxido de manganês
Vidro de garrafa verde Areia, sódio, cal, alumínio, dióxido de manganês e óxido ferroso

História da Química

Descoberta do fogo e metalurgia



A espécie humana não foi dotada dos atributos físicos comuns aos predadores: não possui garras, nem presas afiadas, nem faro aguçado. Também não possui a agilidade física necessária para escapar desses predadores, como correr em grande velocidade, saltar muito alto ou subir em árvores com rapidez.
Isso provavelmente teria levado nossos ancestrais primitivos à extinção, não fosse por um detalhe, a inteligência, a capacidade de observar o que está acontecendo, raciocinar, experimentar, aprender e finalmente atuar, transformando e adaptando o meio ambiente conforme as próprias necessidades. Foi assim que a espécie humana dominou as outras espécies.
Quem detém o conhecimento das transformações detém o poder.
É através do conhecimento, da tecnologia, do chamado know-how (como fazer) que determinados grupos de seres humanos acabam se impondo sobre outros ou que determinado país impõe sua soberania.
Por exemplo, como enfrentar um país que possui a tecnologia da bomba atômica, capaz de matar 66 000 pessoas e ferir outras 69 000 em questão de segundos como ocorreu em Hiroshima em 1945?
Resta reconhecer sua soberania e tratar de adquirir o conhecimento dessa tecnologia para não ficar eternamente suscetível a um ataque. É dessa forma que a história vem se desenvolvendo desde o início da atividade humana na Terra, principalmente a história da Química, que trata justamente das transformações.
O ser humano utiliza sua inteligência para dominar as outras espécies e a sua própria. Os seres humanos que ficam em desvantagem aceitam temporariamente a superioridade do outro até adquirirem o conhecimento que os colocará em posição igual ou superior, recomeçando um novo ciclo.
Estima-se que há 2 000 000 de anos a.C. nossos ancestrais primitivos utilizavam fragmentos de pedra de vários formatos e pedaços de madeira que recolhiam pelo caminho como instrumentos para sobreviver aos predadores e conseguir alimento. Esse período ficou conhecido como a "idade da pedra lascada".
O domínio do fogo, que ocorreu a 500 000 anos a.C., foi, provavelmente, a primeira transformação química que a espécie humana aprendeu a utilizar para facilitar seu dia-a-dia, por exemplo, para se aquecer, manter os predadores afastados, cozinhar e defumar os alimentos (o cozimento facilita a mastigação e a digestão, e a defumação aumenta a conservação das carnes).
O Homo sapiens impôs-se como espécie dominante a partir de 30 000 a.C., mas sofreu um grande avanço apenas no período entre 10 000 a.C. e 5 000 a.C., quando aprendeu que podia afiar e moldar melhor seus instrumentos se esfregasse as pedras umas nas outras ou uma pedra em um pedaço de madeira, razão pela qual esse período é denominado "idade da pedra polida".
Foi justamente por volta de 7 000 a.C. que o ser humano começou a fabricar utensílios de cerâmica (para armazenar água e alimentos) e tijolos cozidos para construção de fornos que, além de permitirem a produção segura de fogo, possibilitaram o desenvolvimento da técnica da metalurgia.
Os objetos feitos de pedra polida eram muito difíceis de serem trabalhados, por isso, a descoberta dos metais, que podem ser moldados sob aquecimento sem perder a resistência, representou um progresso significativo para as civilizações.
Os primeiros metais com que o homem teve contato foram aqueles raros, encontrados puros na natureza, como o ouro, a prata, o cobre e o ferro dos meteoritos que caíam na Terra. Acredita-se que o cobre metálico já era conhecido desde a idade da pedra lascada, mas, devido a sua escassez, não era utilizado. Os minérios de cobre, no entanto, eram muito mais abundantes, e nossos ancestrais primitivos aprenderam, provavelmente por acidente, que, aquecendo ao fogo aquelas pedras azuis (azurita ou carbonato básico de cobre II), poderiam obter cobre metálico, embora esse processo só tenha sido verdadeira­mente reconhecido como uma técnica em torno do ano 4 000 a.C.
Acredita-se que o bronze — uma liga ou mistura de cobre e estanho — também tenha sido produzido pela primeira vez por simples acaso, quando os minérios de cobre e estanho foram aquecidos simultaneamente em um forno de cerâmica.
O cobre puro é muito mole para a confecção de armaduras, pontas de lança e instrumentos agrícolas, mas o bronze é ideal para essas finalidades. Naquela época, porém, nossos ancestrais não reconheciam a diferença entre esses dois materiais, acreditavam apenas que o bronze era um tipo de cobre de melhor qualidade. Assim, por volta de 3 000 a.C. teve início a "idade do bronze" e a civilização primitiva evoluiu.
A metalurgia do cobre e do bronze abriu caminho à do ferro e à do aço (uma liga ou mistura de ferro e carbono). O minério de ferro era muito mais abundante que o minério de cobre, mas as tentativas iniciais de obter ferro metálico pelo mesmo processo que o do cobre resultaram num material quebradiço, pouco resistente e inútil.
Por volta de 1 400 a.C., um povo que vivia na Anatólia, região do Oriente Médio onde hoje se situa a Turquia, denominado hitita, conseguiu aperfeiçoar a técnica da metalurgia do ferro. O ferro obtido no forno vinha carregado de impurezas; os hititas aprenderam que para expulsar essas impurezas e obter um material mais resistente e maleável deveriam aquecer, martelar e resfriar o ferro diversas vezes.
Como o minério de ferro era muito abundante na natureza e os hititas eram os únicos que dominavam as técnicas de sua metalurgia, puderam fabricar grandes quantidades de armas, tornando-se guerreiros invencíveis.
Com esse conhecimento os hititas conquistaram um vasto império, que foi mantido por dois séculos, até que outros povos descobriram o processo da metalurgia do ferro e puderam fabricar armas para combatê-los. Esse período ficou conhecido como a "idade do ferro".
Os metais foram muito importantes na evolução das civilizações primitivas, e a prática da metalurgia resultou em uma enorme riqueza de informações sobre as transformações químicas.
De acordo com alguns especialistas, a palavra química é derivada de uma palavra antiga khemeia, que pode estar relacionada com o nome que os egípcios davam ao próprio país, Kham. Contudo, alguns estudiosos acreditam que Química se origina da palavra chyma, que significa "fundir" ou "moldar um metal".

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Estou sentindo um vazio no meu átomo

Como a estrela de nêutron pode ter 1 milhão de toneladas (1.000.000 T) em um espaço onde só cabe a cabeça de um alfinete?
Não parece, mas os átomos que formam tudo o que conhecemos, do ar ao chumbo, estão cheio de nada. Quase toda massa deles está no seu minúscolo núcleo. O resto é um vazio onde os elétrons voam loucamente. Uma estrela de nêutrons é um astro superpesado. Ela se forma quando a incrível gravidade de uma estrela muito grande espreme os átomos, acabando com espaço entre eles. "Os elétrons são capturados pelo núcleo, gerando uma explosão, a supernova". Depois a estrela passa a ter só núcleos, que são pura massa. Fica tão pesada que, se colocarmos um pedaço dela do tamanho de uma cabeça de alfinete numa gangorra, teremos que botar dois petroleiros no outro lado para equilibrar.
Superinteressante, nº 141, ano 13, nº 6, jun. 1999.

Quem sou eu







Possuo graduação em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1998). Especialização em Ensino de Química pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2003). Mestrado em Química Analítica pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2007). Experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica, atuando principalmente nos seguintes temas: síntese de nanopartículas, catálise heterogênea, óxidos metálicos e reação de WGS.